domingo, 6 de outubro de 2013

As brochantes experiências mono na cozinha

Esta semana identifiquei a causa de andar meio sumida desse blog. E foi experimentando novidades: misturei o “leite condensado” de soja, que lembra um doce de leite, ao cacau que comprei na zona cerealista e virou um “brigadeiro” que enganou muito bem, obrigada. Mas sozinha...É, inventar e conferir no cômodo da bruxinha alquímica depois de um tempo dá uma brochada. Especialmente depois de fazer o outro voltar à infância com nossas invencionices culinárias. Mas deixemos essa saudade “descômoda” fora de hora para lá.
Também mirabolei um “café de mentira” depois do almoço, pois dizem que o cafezito pós refeição rouba muita coisa importante do que pomos no prato: fiz “café de milho”, coloquei cacau e canela. Mas devo confessar que ele me lembra o café tomado pela metade com cinzas que eu às vezes trombava no Canal Rural, numa época em que ainda não mamava a bebida. Tenho certeza que deve ter esse gosto. Reprovado e olha que eu sou aberta a novos paladares depois que tirei a carne do cardápio...

Também comprei pão de beterraba e “super curti” comê-lo com “maionese de soja” (acreditem, é boa) e depois, com geléia de morango. Recomendo enroladinhos de escarola e empadas de palmito que me rendi e encontrei numa lojinha de naturebas e ingredientes orientais que fica atrás do Shopping Santa Cruz, de onde vieram ainda os chás de Cranberrie e Blueberrie, divinos, além do hambúrguer de soja que mandou bem com o pão integral do Joanin de São Caetano. Que raio de blogueira é essa que não fotografa nada do que vem “comendo e gemendo”? Uma com saudade de cozinhar entre pessoas especiais... [suspiro] Hoje, comendo na rua com amigas, experimentei tirar o sal e só passar o pão no azeite e conferir a batata frita em versão “liberada para potenciais hipertensos”. Tem razão quem diz que o “branquinho” detona nosso paladar, sem o dito cujo descobrimos novos gostos. Alguma fórmula para viciados em chocolate? Aceito sugestões bem vidas, agradecida!
Comi ainda um bolo de caneca - desta vez não queimei e empesteei o corredor. Tão deprê comer bolo em poucas colheradas e sem ninguém pra perguntar "bom né"? Experiências mono demais até para uma filha única acostuma a vôos solos desde a "aborrescência".

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Enquanto a comida se transforma noutra alquimia...

Faz tanto tempo que não passo por aqui que está até vexatório... Pela primeira vez, resolvo postar enquanto tenho que esperar a água baixar, pois cozinho em baixa temperatura, por recomendação da minha tia Fátima, que aprendeu isso com os orientais. Enquanto o arroz, couve flor, quinua e tomate se impregnam de leite de coco, ervas finas e limão, açafrão e curry em pó,  coentro em grãos, gersal e cebola e os vizinhos de fogão feijão azuki, berinjela, abobrinha e cogumelo vão pegando o gosto do shoyo, cominho, louro e gengibre em pó, pimenta rosa, manjericão e alho, vou pensando que se tiver um filho que faça greve de fome, como eu fiz e o filho da minha parceira teatral também no fim de semana retrasado, mudarei de ingredientes e temperos
até fazê-lo mudar de ideia. Bem, comigo funcionou. Levou 20 e tantos anos, mas deu certo lá no Gopala Prasada, da Antônio Carlos com a Augusta. Às vezes é só um cheirinho. Um gosto. Mudando sempre, não é possível que uma hora o grevista não baixe a guarda. Palpites de quem não é mãe né?
Hoje a trilha sonora está bem pé no chão, ouvido nas raízes: http://www.youtube.com/watch?v=0fEHguhykD8&list=RD02oztzZu5zPzs. Uma vez ouvi numa palestra dum bazar vegano que o apego de alguns alimentos nem é tanto pelo gosto e sim pela memória de familiares fazendo. Deve ser verdade, pois o amigo que mais repetiu a dose por aqui lembrava da merenda escolar, da casa da avó, do sol entrando pelas madeiras da casa e passando pelo fogão a lenha. Eu viajava junto.
Meus pais reclamam que tenho mais tempero que comida nos meus pratos. Foi uma saída pensada para quem passa dias comendo o que fez, então cada mordida permanece uma novidade. Também me apaixonei pela gastronomia com culinária indiana, então, seu burburinho de gostos permanece no que faço. Minha amiga de Sergipe diz que cozinho feito nordestino: vou me empolgando e pondo tudo que passo perto.
Estou precisando de novos cursos. Começo outubro a fim de virar vegana de vez, então vou mirabolar algum doce que tapeie o vício de chocolate. Ontem estava conversando com uma hare khrishna celibatária, que acha tão bom saber que tem o controle deste desejo. Ando fechada para balanço, mas percebi que desembestei doces e bobajitos afora. Não por acaso as roupas estão me violentando. Quero terminar o ano entrando de novo no biquini, como no fim do ano passado. Pois não adianta controlar um lado e descompensar noutro. Vamos almoçar?